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Ilha Namotu (Tavarua ao fundo) |
Visitar Fiji nunca esteve nos meus planos. Considerando que vivo na Noruega, o arquipélago está localizado no outro lado do Mundo. Quando minha esposa trouxe a idéia de visitar a Nova Zelândia, eu, prontamente, aceitei por causa de Raglan (famosa onda), um pensamento veio a minha mente. Espere um minuto! NZ não pode estar longe de Fiji! Imediatamente, eu verifiquei numa ferramenta de busca de voos na internet (Momondo) e um sorriso surgiu em meu rosto. Sao apenas 3h de Auckland para Fiji em um vôo direto. Eu comentei com minha esposa sobre isso e ela respondeu-me que poderíamos passar tomar um dos finais de semana. Eu passei um tempo, tentando convencê-la a se juntar a mim por uma semana inteira por lá, mas este não era seu plano. Ela queria treinar pesado na NZ e relaxar não era opção, além do que ela nao surfa. Nós concordamos em passar duas semanas juntos em Auckland e na 3 ª semana, eu iria para Fiji com apenas minhas pranchas e sem roupas de inverno. No final, o set-up era perfeito, porque o surf em julho na NZ exige roupa de borracha (long-john) e isso melhorou minha forma consideravelmente. O trecho da viagem "Kiwi" será escrita em outro post.
Logo após que nosso acordo de férias foi feito, comecei a procurar um lugar no Tavarua Surf Resort. Não é possível reservar diretamente com o hotel, então você tem que ir através de agentes de viagens especializados em surf. Entrei em contato com meus amigos no Brasil da Surf Travel e da Island holidays da NZ. A resposta veio da NZ e tinha apenas um local disponível na ilha (47 lugares já tomados). Isso em março! Preenchi os papéis e enviei no dia seguinte. A resposta triste veio no dia seguinte. Tavarua estava lotada. Uma sugestão de reserva em Namotu veio junto, e depois de checar o site da Internet, fiz a reserva. Desde 3 anos atrás, o resort de Tavarua perdeu a exclusividade de apenas seus hóspedes surfarem Cloudbreak e Restaurants, então qualquer pessoa com um barco tem acesso a essas ondas hoje. Eu fiquei surpreso sobre o quão perto Namotu era de Tavarua. Minha sensação era que eu estava indo para um resort de segunda classe, em comparação com Tavarua, mas isso não era verdade!
O Resort
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Entrada do resort |
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Quarto "VIP" (6 camas solteiro) |
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Jacuzzi e piscina |
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Ilha Namotu pelas lentes de Glenn Duffus |
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Quer ir surfar aonde meu filho? By Glenn Duffus |
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Altos rangos! |
Em junho, veio o campeonato "Fiji Volcom Pro Surf" (ASP World Tour), com os melhores surfistas do mundo, competindo em Fiji. Surfistas se dividiam viviam entre Namotu e Tavarua. A transmissao via internet mostrou a qualidade dessas ondas (Cloudbreak e Restaurantes) e o quanto grande e perigoso Fiji pode ser. O swell chegou tão grande, que a competição teve que ser cancelada por um dia, porque iria colocar a vida dos melhores surfistas do mundo em perigo. O que diabos um simples mortal como eu iria fazer lá entao? Ondas gigantes foram encaradas pelos "big riders".
Durante a minha estadia na NZ, muitas vezes eu acordava no meio da noite pensando em Cloudbreak. Um sinal, talvez?
Finalmente, chegou o 21 de julho. Cinco horas da manhã, eu estava esperando meu táxi com uma capa de surf e uma mochila como bagagem de mão. Nunca viajei tao light antes. Todos os equipamentos eletrônicos possíveis, bermudas e todo o material (exceto roupa de neoprene). Obrigado à Air New Zealand por ser amiga dos surfistas e nao cobrar taxas extras para pranchas de surf!
Alguns norte-americanos chegaram a pagar US$ 150 por prancha! Wow! Isto deveria ser crime. Bem, logo após a 10:00 da manhã, estava eu aterrisando em Nadi, capital de Fiji, localizada na ilha principal e uma das 360 ilhas de Fiji. Muito fáceis a imigração e alfândega. Uma das melhores decisões desta viagem foi feita no aeroporto. Eu comprei um cartão SIM local para usar no meu celular. As chamadas internacionais custavam US$ 1 por minuto! Cerca de 10% do que custaria usar meu celular norueguês ... enquanto eu estava na loja vodafone, veio o cara do resort Namotu. Ele pegou minhas pranchas e colocou dentro da van. Fiz muitas perguntas sobre o hotel, Cloudbreak, surfistas do world tour e, claro, sobre os brasileiros. Gabriel Medina fez grandes fãs por lá. Miguel Pupo também. Todos os surfistas australianos ficaram em Namotu durante Volcom, porque Scotty (o proprietário) é da Austrália. Enquanto Kelly Slater e os americanos sempre ficar em Tavarua pela mesma razão (norte-americano). Todos os brasileiros ficaram em Tavarua, exceto Medina. Seu patrocinador Rip Curl tem um acordo com Namotu. À propósito, Kelly Slater nunca paga para ficar em Tavarua e ainda fica na casa do dono! A estadia se paga por todo o marketing em torno de suas viagens a Fiji, onde a mídia o segue. Todo mundo ama o Kelly lá e ele se sente em casa. Frequenta aquilo lá desde cerca de 20 anos. Não é surpresa que ele venceu o campeonato e US$ 75.000 numa final contra Medina. Sua gorjeta para os fijianos foi generosa como sempre (US$ 10.000). Todo o pessoal do Namotu estava torcendo para o Gabriel Medina. Suas habilidades de surf chocaram todo mundo, incluindo o proprietário do resort, Scotty (ele me disse que viu com seus próprios olhos Medina jogando 5 manobras aéreas diferentes em Cloudbreak 3-5 pés). Após 40 minutos de boas histórias, chegamos perto do mar. Não havia cais. Tive que tirar o tênis (que não foi mais utilizado durante toda a semana) e colocar meu chinelo, porque era necessário andar sobre pequeno corais por cerca de 20 metros em águas muito rasas. Eu podia sentir o sol "ardendo" e o transporte de barco levou 20 minutos apenas. Eu estava com camisa de mangas compridas, que nao casavam com as condições meteorológicas. Parecendo esses gringos com medo de pegar sol, e sempre com uma garrafa de água na mao? Na verdade, o gerente do resort (malandro agulha) me "orientou" a não andar com a t-shirt, porque as pessoas iriam pensar que eu era louco! Hahaha! Minhas pranchas foram levadas diretamente para meu quarto "VIP" e eu fui fazer o check-in. Instruções dadas: você pode surfar em qualquer lugar que você queira, a qualquer momento, o tanto quanto você aguentar. Haverá sempre um barco lá fora, enquanto alguém estiver surfando, devido à segurança. Se alguém se machucar, todos os surfistas têm que voltar à bordo e voltar para o resort para largar o azarado, podendo retornar ao surf logo após. Guias de surf e os chefes de cozinha não são pagos pelo hotel, e vivem de gorjetas. Há uma caixinha para gorjetas para todo o resto do pessoal. Então, veio a observação assustadora: as cobras marinhas podem vir à terra durante a noite, especialmente no chuveiro / WC, procurando água quente. Sempre ligue as luzes antes de entrar no banheiro durante à noite. Se você deixá-las em paz, nada acontece. Se você encontrá-las no mar, elas vem dar uma espiada em você e depois partem. Que bom ouvir isso...
O quarto "VIP" tinha 6 camas e mais 4 caras dividindo o quarto comigo: 3 norte-americanos (Mike, Mike e Mike) e 1 havaiano (Dante). Tive sorte! Galera gente boa! JUntei-me aos Mikes e formamos um time.
Depois de um almoço solitário, eu estava olhando para o mar e Pete (o chef) ia surfar com sua namorada na Swimingpools: uma direita que estava muito pequena neste dia (altura do joelho), atmosfera era boa e todo mundo de Namotu estava lá. Famílias (pai, mãe, filho, filha), longboard, SUP, etc Minha 6'3 "era minha única opção e não funcionou naquele mar. Depois de 30 minutos, desisti.
Os sites indicavam a chegada de um swell grande na terça-feira (7'-9 '). Cloudbreak estaria naqueles dias! Todo mundo falando sobre o swell ... ¨ Enquanto aguardava o swell, tínhamos que aproveitar a comida excelente no Namotu. Pete Evans é um chef muito famoso na Austrália. Fiquei chocado ao ver, na mesa de bar, 5 diferentes livros dele sobre culinária, muito bem impressos, capa dura, etc Uma refeição era melhor que a outra. Foda era prestar atenção à quantidade de comida que se come, senão iria estar dormindo depois do rango, ao invés de surfar! Tarefa difícil.
Domingo de manhã, antes do amanhecer, 80% do resort já estava acordado, com um cálice de frutas, café / chá, cereais,. Aqui está uma das coisas boas em Namotu, muito melhor do que Maldivas, Reunion, e muito parecido com a vida em um barco em Mentawais: além de ter parafina à disposição, se você surfar, você pode encomendar o seu café da manha e comer decentemente após a caída! Omeletes, ovos, tostadas francesas, presunto, sanduíches, o que você quiser, eles prepararam para você. À partir do 2 º dia no hotel, o staff já me chamava pelo nome! Bacana. Outro dia, decidi surfar ao invés de se juntar ao almoço. Havia apenas 2 pessoas caindo nas esquerdas e as ondas estavam de bombando. Surfei até a exaustão e voltei. Para minha surpresa, a equipe fez um prato de almoço separado para mim, porque perceberam que não estava lá. Eu não tenho ordenado! Inacreditável! Que irado, dia aí!?
Voltando ao domingo de manhã, fomos dar uma conferida em Cloudbreak (15 min de barco). Estava glass e com séries de 1,5/2m (frente). As pessoas se espalhavam no line-up em 3 diferentes zonas. Eu fui o primeiro a pegar uma onda. Como é boa essa onda! A maré estava alta e não havia absolutamente nenhum problema com profundidade. Na verdade, "Clouddys" é um dos únicos picos da região que dá pra surfar na maré baixa. O mar estava pequeno, mas quase todo mundo estava meio preocupado quando pulamos do barco. É Cloudbreak e você tem que respeitar! Surfamos das 7h às 9h e voltamos para o café-da-manha. Depois do almoço, tivemos uma rápida sessão nas esquerdas Namotu, com ondas na altura do peito. Onda show! Após o almoço, o vento aumentou e as ondas ao redor não estavam tentadoras. Os guias não estavam recomendando as esquerdas Namotu, mas eu podia ver algumas ondas muito, muito "aceitáveis" chegando ao fim. Quando o relógio apontava para PM 04:00 eu fiz uma chamada e decidi surfar nas esquerdas. Apenas Mike e Jason (San Francisco) me seguiram. Depois de menos de 5 remadas, eu perdi o meu anel. O anel de Atlantis que eu comprei em Szfat / Israel. Meu anel da sorte. Graças à porra do filtro solar, que ficou na minha mão. Comecei a temer em perder o anel do outro dedo, o de casamento. Aí veio a minha primeira. Inacreditável! Incrível! Na altura do peito e eu surfei cerca de 200 metros (segundo o pai de Mike). Era tão perfeita. Uma das mais longas ondas da minha vida. Sem dúvida. Voltei com um sorriso que não podia ser maior. Longa remada de volta ao line-up. Eu entendi que o meu anel foi pagamento antecipado ... e ele voltou para Atlântida, de qualquer maneira. Todos nós nos fartamos de ondas boas. Eu disse aos caras que eu iria pedir uma vaga de guia de surf aqui ... hahaha. Eu estava em êxtase, dizendo para mim mesmo: Hei, esquerdas de Namotu, somos os únicos que vieram aqui para dizer "olá" a você, então você tem que nos recompensar quando o swell chegar, OK? :-)
NAMOTU LEFTS
Eu não vou escrever sobre o menu de todos os dias, mas eu tenho que mencionar a carne de domingo. Delicious! E que molho! A sopa de cordeiro também foi animal. Comi tanto que tive problemas para adormecer neste dia. Tivemos um famoso chef de cozinha naquela semana, e isso foi épico!
O vento ainda soprava na manhã de segunda-feira, não era muito forte, mas o suficiente para estragar as esquerdas. Fomos todos para Wilkes (direita). Quando fomos surfar, as ondas estavam na altura da cabeça, mas podíamos sentir o swell entrando durante o dia. Algumas séries maiores entravam. A onda estava balançada e o vento terral forte na hora do drop dificultava. A sessão não foi tão ruim. Antes do pôr do sol, surfamos as esquerdas em Namotu. Este foi o 1 º dia eu fiquei com a cabeça feita e destruído fisicamente. Que dia!
Na terça-feira veio o swell, que deu pra ver do deck.
Eu fui o único que quis ir para Cloudbreak e dar uma conferida. "Domma", o guia de surf veio comigo, junto com o piloto. Ventava levemente. Assim que o barco chegou a Clouddys, uma série de 8 pés "sólidos" de ondas entrou e varreu todo mundo. Assustador! A primeira onda surfada que vi foi terrível. O cara errou o drop e veio com o lip, mergulhando de cabeça. Esta onda é o tipo que você realmente tem que ir decidido, remando com velocidade. Sem hesitação. Exige velocidade e drop rápido. Você não pode, simplesmente, virar o bico da prancha e entrar nela, como fazemos comumente. O maluco ficou apanhando no inside por mais de 15 minutos. Então veio um cara e botou no trilho para dentro do tubo, mas não saiu. Na verdade, as ondas não estavam perfeitas naquele dia. O terceiro quebrou sua prancha ... meu batimento cardíaco estava em torno de 140-150 BPM. Nada confortável. E eu não tinha surfado com a minha 6'6" ainda e tentar primeiro naquele mar não parecia uma boa escolha. O guia sugeriu voltar para os esquerdas, talvez tentando me confortar... hehehe. Ele disse que seria o primeiro a botar pilha se estivesse bom. De qualquer forma, eu me senti muito melhor depois que saímos. Esquerdas de Namotu estavam de 4' a 6'. Eu estava tão confortável ali depois de assistir Clouddys ... você não tem idéia! Todos queriam saber como estava lá. Foi uma boa experiência ver o power dela. Sem dúvida. Com certeza, estava além dos meus limites. Nada do que se envergonhar.
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Cloudbreak "rugindo" |
Na verdade, este foi o melhor dia de surf nas esquerdas. Muitas ondas longas e várias da série. As ondas estavam perfeitas, lisinho e lindas. Estava me sentindo bem com a 6'6". Após 2 horas de surf, fui tomar café. Não demorou muito tempo para voltar para a água. Algumas séries de tamanho bom estavam entrando. Na minha primeira onda havia um SUP remando no "rabo da onda", mas saiu depois que eu gritei. Mesmo cara fazendo isso na minha 2ª onda, mas desta vez ele parou de remar quando eu gritei novamente. Algumas ondas depois, veio o bom companheiro mais uma vez na minha onda. Desta vez eu disse a ele para continuar na onda e eu fiquei surfando atrás dele. Eu não sou um grande fä de SUP e este não estava se comportando bem. Ele estava pegando todas as ondas que pudesse lá de fora e de toda série que entrava ele pegava uma delas. Comecei a surtar! Compartilhei meu plano com os amigos do resort: eu vou lá fora, fico na frente dele para impedi-lo, então vocês podem surfar à vontade. Depois disso, a gente troca. No entanto, eu fui para o plano A, pedindo ao cara educadamente: "as ondas estão boas, né? Você está se divertindo? Talvez você poderia respeitar-nos também? Será que podemos pegar algumas ondas da série?". Ele respondeu de volta que era mais difícil para ele montar o SUP e ele perguntou se eu queria mudar. Por respeito à sua idade, eu não respondi o que estava em minha mente (que eu preferiria largar o surf, ou que eu não estava aposentado ainda). Eu disse que não era só sobre mim, eram todos os surfistas do line-up, e ele deveria entrar na fila. Ele se acalmou. Os norte-americanos e havaianos não podiam acreditar no que presenciaram. Um brasileiro colocando ordem no line-up, pedindo respeito aos outros??? Isso foi divertido. O ocorrido se espalhou pelo resort rapidamente. Depois de um tempo, o SUP belga se aproximou e me perguntou se ele poderia pegar uma onda agora. Claro, disse eu. Minutos depois veio Scotty com o seu SUP amarelo. Ele remou 15 metros mais pra fora do que todos. Após 5 minutos, veio a maior onda do dia, sem dúvida. Seis pés sólidos. Ele foi na hora certa no lugar certo. A conexão com o mar foi incrível. Eles se conhecem há 14 anos. O proprietário do resort pegou algumas bombas e saiu da água após 40 minutos. Era hora do almoço, restaram Matt (AUS), o SUP da Bélgica e eu. Montamos as prioridades 1, 2 e 3 e compartilhamos todas as ondas. Épico! Em seguida, o SUP saiu...Matt também...então veio um inglês. A essa altura eu já estava satisfeito. Hora do almoço! Este foi o dia que meu prato do almoço estava esperando por mim sem uma pedido. Quando comecei a comer, todos os caras vieram com as pranchas, dirigindo-se para Restaurants, a esquerda perfeita na frente de Tavarua. Eu não podia acreditar. Eu queria tanto surfá-la, mas não tinha energia. O barco saiu e eu prometi me juntar a eles dentro de 1h. Deixei metade da minha comida no prato e fui para a recepção, pedindo massagem imediata. Ela verificou as reservas e estava disponível! Sorte a minha. Eu disse a enorme senhora de Fiji que eu queria estar pronto para o surf dentro de 1h, e ela me garantiu que isso iria acontecer. Dedos fortíssimos e mãos passaram por minhas costas, pescoço e ombros. Me sentia tão bem. Músculos muito tensos. Muito bem investido dinheiro! US$ 40 por meia hora. Eu recomendei-la a todos. Não é fácil para um homem de 36 anos para manter-se com 3 sessões de surf por dia. Foi autorizada a "trapaceada", a fim de acompanhar a molecada ... hehehe. Estava quase partindo quando a galera retornou de Restaurants. Maré super baixa. Um deles rodou junto com o tubo e ralou a bunda toda! KKKK! Poucos dias depois, Mike pai estava na sala de massagem por cerca de 15 minutos, quando a senhora gritou alto, pulou e saiu da sala: "cuidado com a cobra no chão"!! Ela tinha cerca de 150 cm, preta e branca, movendo-se lentamente (sorte). Em seguida, começou um barulho no restaurante onde eu estava na parte da tarde. De repente, Steve de Maui (50 +) foi lá e pegou a cobra pelo rabo com os braços abertos ... e andou, calmamente, até devolvê-la ao mar. Seu filho (18) ficou chocado! Meu pai é louco! Você está vivo, pai? Steve foi visitar a ilha há muitos anos e ele sabia o que estava fazendo. Cara legal ... com seu longboard, sempre com um cocktail na mão. Vida boa. A senhora terminou a massagem no dia seguinte.
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Sea-snake (local bad boy) |
Terça à noite veio uma tempestade. Chuva muito forte. Trovões! Relâmpago! Ventos fortes. Tudo o que não queríamos. Quarta-feira foi fria no paraíso. Tempo para mangas compridas e capuzes. Lay-day. Competição foi cancelada devido aos fortes ventos (diretor de prova diria). Eu tentei muito encontrar algo lá fora para surfar. Só pensando nas condições horríveis de casa, com vento e as ondas mexidas, a fim de obter alguma motivação. Não havia chances. Todos os praticantes de kitesurf estavam na água. John estava na esquerda com sua pipa e prancha, surfando todas as ondas, voltando, facilmente, ao outside apenas usando o vento. Parecia show! Eu invejava-lhe este dia. Toda sua família no deck, os filhos a fazer lição de casa de verão e o papai lá fora brincando. Irado! Sua família tem uma loja de esqui em Aspen. Ele diz que durante o carnaval, cerca de 20.000 brasileiros a visitam todos os anos. Eles tinham um ajudante brasileiro com eles no Havaí, e foi ele que começou a ensinar surf para Darreen e ao menino. Incrível ver essas crianças surfando sem medo nenhum. Ela tem 14 e ele, 12. A mãe surfa em um longboard também quando está pequeno, ou senta-se no barco, assistindo seus filhos (proteção materna). Ela cuida deles, perguntando se eles cuidaram das feridas de coral.... Eu disse a ela que gostaria de ter minha mãe surfando comigo e cuidando de meus cortes! Que bela família!
Namotu é um lugar não só para os surfistas. Ao contrário de Tavarua (segundo rumores), não há corais afiados ao redor da ilha, e você pode banhar-se no mar, ou fazer um snorkling. É por isso que alguns praticantes de kite surf também hospedam-se lá. De certa forma é bom, porque o outside fica menos crowdeado. No entanto, se 30% da galera está "rezando" para ventar, atrai-se o maldito, com certeza! Atividades nesse dia sem surf: cerveja à beira da piscina e fazer snorkel em frente ao deck. Foi incrível ver a vida marinha. Cardumes de peixes coloridos, corais, recifes. A corrente estava forte devido à mudança de maré (baixando), então eu tinha que tomar cuidado para näo ralar os joelhos nos corais.. Foi a primeira vez que usei minha câmera nova Olympus à prova d'água e os resultados foram bastante aceitáveis. O dia terminou na jacuzzi. Muita cerveja Fiji Gold! Quinta de manhã apresentou condições um pouco melhores. Swell ainda presente. Boas caídas nas esquerdas de Namotu. Alguns dos caras trocaram por swimming pools, mas voltaram depois de 30 minutos, queixando-se das condições. Eu não trocaria aquelas esquerdas clássicas por swimming pools nem por 100 doletas...sessão do final de tarde novamente nas esquerdas. À noite, tivemos uma noite ao estilo FIJI, típica com músicas e cavas (bebida feita com ervas locais). Tem nível de álcool muito baixo e dá uma relaxada boa. Sentamos em um grande círculo no chão sobre o tapete. Alguns dos fijianos estavam tocando músicas locais, um misturava a tigela grande de cava e o outro estava servindo os convidados. Você só tem que decidir: maré alta (tigela cheia) ou na maré baixa (tigela metade). Eu bebi várias taças de maré alta. Mais de 15 delas, acho. Não é preciso dizer que dormi como um bebê. Felizmente antes de dormir eu tomei uma dose de açúcar (Coca-Cola) e muita água.
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Cava |

Minha cabeça não estava tao ruim na manhã seguinte, especialmente porque surfamos Cloudbreak. Não estava tão grande, pouco vento, séries de no max 5 pés. O tempo estava nublado, tornando a sessão pouco assustadora. Peguei algumas ondas. Glenn Duffus estava tirando fotos do barco. Mike Mccaffrey tirou alguns bons tubos. Sessão da tarde foi nas esquerdas. Era o nosso último dia inteiro de surf e todo mundo já estava meio "deprê". Depois do jantar, rolou o FaceTime de costume com minha esposa e filha, e fui ao bar onde bebi alguns "Namotu Slammers" (vodka, rum, malibu, suco de abacaxi). Algumas fotos com a galera. Adquiri meu pacote de fotos, tiradas pelo fotógrafo da ilha Glenn Duffus, por US$ 300. Sábado de manhã, fui o primeiro a acordar. As esquerdas estavam pequenas e os guias me convenceram a rumar para Cloudbreak. O nascer do sol foi mágico. O "rolé" de barco para o pico foi show. Pulei na água logo. Ondas de 6 pés nas séries, pensei. Logo após eu ter alcançado o line-up, veio uma série. Os três caras deixaram a primeira onda passar e eu decidi ir no último minuto. Vi que eu já estava embaixo do lip e desisti do drop, puxando o bico da prancha. Péssima decisão. Custou caro. A onda não me deixou desistir e fui sugado pelo repuxo. Veio a queda livre e um grande caldo. A grande queda livre e um grande caldo. Minha prancha estava quebrada ao meio. Tomei a segundq na cabeça, e logo depois soltei meu estrepe, livrando-me da minha âncora (prancha). A onda 3 foi fácil passar com um profundo mergulho. Os guias me perguntaram se eu estava bem e me ofereceram suas pranchas para voltar ao barco. Agradeci, mas voltei nadando mesmo. Foi isso. Caída de 15 minutos, uma prancha quebrada, e eu estava de volta no barco. Sentindo-me frustrado, por ter deixado a onda ir. Tive a sorte de passar por isso sem me machucar. Um dos guias foi perto da estrutura metálica que ficam os juízes para recuperar minha prancha. Ele estava andando em coral seco sem botinha. Macho! Inacreditável. Graças a ele, recuperei minhas quilhas novíssimas e meu estrepe. Minhas outras pranchas já estavam embaladas e, por isso, o surf havia terminado. Assunto do Café da manha foi minha onda e a prancha quebrada. Um dos guias viu toda a ação do barco e não podia acreditar no que tinha visto. Ele me viu voando com o lip duas vezes do camarote VIP. Ele disse que a onda foi de cerca de 8 pés. Sim, eu senti o poder de Cloudbreak. Seria bem melhor ter voado no drop. A estória soaria muito melhor. Fiquei mais "macho" agora. Boa. Hora de check-out e recolher a mochila. As pranchas foram coletadas por funcionários do hotel. Os hóspedes tiveram que sair da ilha no barco 10:00 AM. Os sortudos que permaneceram por mais uma semana foram acenar para a gente da praia. A volta para casa foi extremamente longa. Reencontrei minha família de volta em Auckland. Minhas etiquetas de bagagem marcavam: Auckland-Cingapura-Londres-Oslo-Ålesund. O sonho acabou.
FIJI - THE PARADISE
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O tempo pode ficar feio, mas FIJI nunca fica! |
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Estrutura dos juizes ao fundo (Cloudbreak) |
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Jacuzzi com a cerva local FIJI Gold |
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Burrice do dia! |
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Cloudbreak + "Devil wind" |
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Clouddys |
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Cloudbreak |
Ainda vou editar uns videos...