Ready to TAKE-OFF?: Israel: Surfando na Terra Prometida

Descobri que rolava surf em Israel, quando encontrei com 8 israelenses nas Maldivas em 2009. Galera gente boa! Botaram a maior pilha pra eu conhecer Tel Aviv. Disseram que eu iria me amarrar na orla, na praia, lounges, noitadas e restaurantes. Aliás, três deles eram sócios de um restaurante japonês, de um nightclub e de um pub. Outros dois estavam abrindo um resort no Panamá (a ser visitado). Na primeira trip à Israel (2010) nao levei a prancha. Estava querendo comprar uma fish por lá. Todas as pranchas que se vendem por lá sao importadas e caríssimas! Mas nem precisou, pois o mar esteve flat o tempo todo. A praia do Hilton é alucinante! E nao poderia ser diferente, pois é mar mediterrâneo, brother! Loungezinho na beira da praia, espreguiçadeiras, Stella Artois, Musica eletrônica ao fundo, Sol, Humus-Tahine, filhota e patroa! Aplica-se a teoria do "TUDO NAO, meu Rei"...

Só que em 2011 a coisa foi diferente! Almoçando no Pizza-Hut, avistei um muleque correndo com prancha em baixo do braco em direcao à praia. Fui conferir e estava rolando 1,5m de onda de frente (onda se mede pela frente já que Teahuppo nao passaria de 1 metro nunca). Um "crowdzinho" se fazia presente. Surtei! Pedi prancha emprestada e tudo. Nada! Mas um cara disse para eu tentar alugar e apontou pra um galpao, onde dava pra ver windsurfs, caiaques, etc. Nao é que tinha prancha de surf? Arrumei uma fish (5'11") com borda bem larga e bastante volume. Maneirinha a prancha! Temperatura estava por volta dos 26 graus, com sol, e água perto dos 20 graus. Todos, sem excessao, estavam de long-john. Mas o brazuca aqui, com curso de viking, entrou de bermuda. Água estava geladinha, mas dava para encarar traquilo. Todo mundo reparou na audácia do garoto! Rs.

Brother, o outside em Tel Aviv é território neutro. Ninguém tem prioridade e vao todos na onda. Uma loucura total! Lembrei logo dos caras que conheci nas Maldivas, porquê eram bem descaralhados na água. No Rio de Janeiro ia rolar porrada toda hora. Lá, nao! Os caras vivem em constante estado de guerra de verdade. Muçulmanos e árabes doidos para invadir e expulsá-los. Entao o surf era pra relaxar. Achei bacana. Fiz uma bateria de cerca de 2h, e saí meio bolado com minha carteira com dinheiro, cartões, celular, chinelo, etc, que tinha deixado com o cara que me alugou. Nenhum problema! O cara ainda me arrumou uma toalha, que veio a calhar, já que o sol tinha partido. Voltei pro AP amarradao! Era uma sexta-feira, dia dos judeus irem à Sinagoga pro Shabat. Concluí que a minha Sinagoga é a praia e, minha religião, o SURF! Doido pra contar a novidade para as minhas meninas!

De manha cedo, parti pra praia novamente e aluguei a mesma pranchinha. O mar estava balançando, meio errado. Caí só por cair. Dessa vez num pico à direita do Hotel Hilton. Quando sai da água, minha filhota veio correndo ao meu encontro! Subiu na prancha na areia e arrastei ela pra beira. Ficou amarradona em cima da prancha do papai. Mesmo por que a prancha parecia ser da mamae! Cheia de rosas e com detalhes em lilás! Kkkkk! Perguntou logo por que eu tinha alugado a prancha roooooooosaaaaaaaa! :-/

Vi alguns surfistas bons, tecnicamente, mas eram minoria.

O surf rola com mais frequência um pouco ao norte de Tel Aviv: HAIFA.

Se estiver flat, existem vários passeios maneiros a se fazer: Cristiania (forte das cruzadas), Jerusalem (todas as religiões), Tzfat (Meditação/Cabala), Mar morto, fora as raves! DJ famosos como Yahel, Skazi e Infected Mushroom sao israelenses. Noitada bomba. Dizem....porque pai de criança pequena nao tem esse privilégio!

A comida é sa-ca-na.gem de boa! Churrascaria brasileira (Papagaio/Jerusalem), El Gaucho (Argentina), comidas árabes, couscous, japonês, etc. Custo similar ao Rio de Janeiro. Boas cervejas também!

Segurança fortíssima! Crime nao existe. Tel Aviv e Jerusalem ficam longe das áreas de conflito.

Lembre-se que na 6a-feira é dia de Shabat. Em Jerusalem fecha TUDO ao cair do sol e só abrem no pôr-do-sol do sábado! Alguns elevadores no hotel param de andar em andar, para que o religioso nao aperte nenhum botao! Mesma coisa com A/C e luz do quarto, que desligam automaticamente (se programadas). Em Tel Aviv é mais relaxado. Nao colocaria Israel como destino de surf. Lugar interessantíssimo. Rico em história. Se der sorte, consegue pegar uma marola e fazer sua própria história, surfando na Terra Santa!